A interminável luta de Jornalistas e Produtores de Conteúdo por views, cliques, comentários, compartilhamentos ou qualquer tipo de audiência é um dos maiores embates dos tempos atuais. A luta por emplacar uma pauta, um tema, uma sugestão tira o sono de muitos (o meu também).
A satisfação de um bom alcance de conteúdo é a certeza de que o caminho foi bem traçado.
Viralizou? Ótimo! Quanto mais pessoas consumindo, melhor!
Porém, qual o segredo do sucesso em tempos de Jornalismo Digital, Marketing Digital, Conteúdo Digital, “Digital Digital”?
Será que basta usar a #hashatg certa para, em poucos segundos, o mundo inteiro estar consumindo e comentando tudo o que você produziu?
Bem, vamos lá…
Na última semana eu escolhi um tema “x” e selecionei diferentes produções, de diferentes veículos e de diferentes formatos.
Qual foi a minha intenção?
Primeiro eu queria me aprofundar no assunto; depois, procurei verificar o alcance de cada publicação para tentar entender por que um determinado conteúdo teve mais audiência do que outro.
E ficaram bem claros para mim alguns pontos, confirmando coisas que aprendi na faculdade ou que a estrada me ensinou:
1 – Quanto mais simples, melhor. O leitor de hoje quer objetividade e respostas rápidas. Enrolou muito, ele busca outra opção (porque há milhares delas).
2 – Um conteúdo ilustrado com ótimas imagens e/ou bons vídeos prende a atenção, informa, satisfaz.
3 – Quanto mais autêntico, mais eficaz. Eu posso copiar (Ctrl + C) e colar (Ctrl + V) conteúdos e fingir que são meus. Mas o consumidor não é idiota; rapidinho ele descobre, e aí já era.
4 – Sem trocadilhos, é burrice tentar parecer mais inteligente que o consumidor. Hoje todo mundo (ou quase todo mundo) se informa e entende razoavelmente das coisas. Jornalistas e Produtores de Conteúdo que tentam se colocar acima de quem os consome, acabam sozinhos.
5 – Por último e respondendo a pergunta feita no título percebi, em minhas pesquisas, que os conteúdos que receberam maior audiência foram aqueles que foram produzidos para satisfazer o interesse do público-alvo.
Nós, Jornalistas e Produtores de Conteúdo, não podemos cair na ilusão de que o nosso trabalho é um espaço privilegiado para ditar regras e impor a forma como as pessoas devem falar, pensar ou se portar.
Não, não é esse o nosso trabalho! Ninguém gosta de sermão e de gente que se coloca na posição de “dono do saber supremo”.
Nossa missão é apenas uma: trazer os fatos, mostrar as opções e deixar que cada um tire suas próprias conclusões.
Apenas isso! Chega de amadorismo!
Viva o Jornalismo! Viva o Conteúdo de verdade!