Está chegando uma das épocas mais esperadas do ano: o Carnaval!
Fantasias, blocos, desfiles, feriado prolongado, amigos, viagens, alegria e muita diversão. Uma série de fatores que fazem desta festa uma das maiores do planeta, seja em visibilidade, adesão e, principalmente, lucro para diversos segmentos da sociedade.
Porém, a nossa conversa de hoje não vai olhar o Carnaval pelo lado do mundo dos negócios; vai tentar usar a metáfora por trás da palavra folia para analisar a forma como muitas pessoas (comuns e profissionais da área) têm usado a comunicação no dia a dia.
E é disso que o título fala! “NEM TUDO” é Carnaval. Na teoria, sabemos que não é. Mas, na prática, vivemos um Carnaval diário quando percebemos como essa riqueza chamada Comunicação tem sido utilizada.
Sim, uma festa! Uma baita festa!
Todo mundo fala, todo mundo opina, todo mundo sabe muito, todo mundo é especialista. Que folia!
E aqui deixo claro que não estou me referindo à liberdade de expressão (DIREITO DE TODOS), mas sim à responsabilidade que cada pessoa precisa ter ao compartilhar qualquer tipo de conteúdo.
O valor da Comunicação, aquela que a gente estuda na faculdade, valoriza em cada apuração e procura tomar o máximo de cuidado antes de publicar, cada dia mais tem sido deixado de lado.
E não falo apenas de pessoas comuns; quantos profissionais de comunicação que manipulam informações importantes… Muitos!
Sabe aquelas frases do tipo: “segundo pessoas próximas a fulano de tal”… E aí a fonte nunca é revelada. Muitas vezes é porque nem existe fonte. É Fake News!
É cada invenção para ganhar likes, comentários, compartilhamentos, acessos. Sim, é desse jeito, infelizmente!
E a gente se deixa levar! E reproduz! E toma como verdade! E acaba se contaminando.
Jornais, revistas, sites, redes sociais. É ÓBVIO que não são todos; ainda existe gente séria! Bastante gente, apesar de tudo.
Mas não podemos fechar os olhos e fingir que este fenômeno de dissipação de conteúdo lixo não tem ganhado proporções que a gente não consegue mais medir o tamanho e as consequências.
A folia virou rotina quando o assunto é “comunicar”, chamar a atenção, ganhar visibilidade, notoriedade.
E isso é tão instável a ponto de hoje estarmos no topo e amanhã (ou hoje mesmo) nos encontrarmos no fundo do poço.
É preciso que investiguemos mais antes de cuspir na cara das pessoas verdades que, muitas vezes, só servem para nós.
Temos que apurar os fatos, produtores de conteúdo e consumidores. Quando temos acesso a alguma informação, é nosso dever também saber filtrar aquilo que consumimos e nos deixamos influenciar.
A culpa e o dever são de TODOS!
O mundo globalizado facilitou muita coisa (quase tudo). Hoje temos acesso aos quatro cantos do planeta em fração de segundos. Tudo está disponível para saciarmos a sede de informação, em qualquer segmento da nossa sociedade.
Tudo o que afirmamos tem um poder que sequer conhecemos. Podemos salvar e destruir pessoas físicas e jurídicas com apenas uma informação. É muito poder na mão de todo mundo.
Por isso, é urgente o pedido: vamos usar somente o que for bom, o que for verdadeiro; senão a Folia vai terminar em Cinzas muito antes da quarta-feira.