A imagem é algo tão poderoso que é capaz de comunicar de maneira totalmente satisfatória, em muitas ocasiões, sem o auxílio de texto ou qualquer outro tipo de acessório. E, dentro deste contexto, o Fotojornalismo tem presença marcante na História da humanidade.
Podemos definir Fotojornalismo como sendo um importante segmento da Fotografia e que tem a missão de produzir imagens objetivas, explicativas e o mais informativas possível.
Desde sempre a imagem acompanha a nossa vida. Seja pelo lado artístico, histórico ou informacional, ela participa da nossa formação e registra aquilo que mais nos marca e define.
Mas hoje não vou enfatizar o valor da imagem/fotografia ao longo dos anos. Quero comentar o momento atual em que o Jornalismo Colaborativo tem crescido em material produzido e importância para os novos caminhos da humanidade.
Fotojornalismo – a sua imagem completa a minha informação
Eu sou Jornalista e Fotógrafo profissional e não paro de estudar e me atualizar na minha profissão. Mas isso, atualmente, não é um pré-requisito para produzir conteúdo. Prova disso é o Jornalismo Colaborativo, onde aquele que apenas recebia a informação, hoje também a produz.
Sabemos que há muito conteúdo de qualidade lamentável por aí. Mas é fato que também temos à disposição um vasto material de excelência, que é produzido diariamente por pessoas de todos os segmentos, profissões e classes sociais.
Desde a chegada do celular e com o desenvolvimento das câmeras dos smartphones e também com a febre das redes sociais, o Fotojornalismo ganhou novas cores, novos atores e uma ramificação quase impossível de ser desmembrada e analisada em sua totalidade.
Hoje todo mundo faz foto e, muitas destas, auxiliam a comunicação até de importantes veículos de comunicação. As pessoas realmente têm colaborado e atuado com a missão do Fotojornalismo, que é informar.
Eu não tenho o menor ciúme, recalque ou preocupação com esse sem-número de pessoas que hoje produzem imagens (se elas informam e fazem a sociedade andar pra frente, ÓTIMO).
Eu volto meu olhar analítico apenas para a imagem sem cuidado, sem carinho, sem técnica, sem amor. Eu realmente me preocupo com esses casos em que as pessoas simplesmente ligam a câmera e clicam como se não houvesse amanhã.
Centenas de imagens que não comunicam nada, ou que confundem/deturpam a informação.
Qualidade? Informação? Técnica? Tratamento de imagem? Tudo isso junto! Nos casos em que falta um desses pontos (ou todos), a informação chega repleta de ruídos até as pessoas; e é aí que os problemas surgem e as interpretações equivocadas geram grandes dores de cabeça.
Precisamos estimular a produção de conteúdo imagético de qualidade! Toda a sociedade só tem a ganhar com isso.
É preciso que todos entendam que produzir imagens informativas não depende apenas de possuir um celular com uma câmera excelente. É preciso pensar naquilo que queremos informar no conteúdo que produzimos, publicamos e compartilhamos.
Não estamos falando de selfies, fotos de aniversários ou registros de viagens. Hoje nos referimos aos cliques que podem gerar pensamentos e conclusões saudáveis e positivas para a nossa evolução e também daqueles que consumirão o nosso conteúdo visual.
O novo Fotojornalismo precisa disso! A imagem é rica, mas se apenas “sentarmos o dedo”, só produziremos imagens, formação e informação pobres, paupérrimas, lamentáveis.
Somos todos produtores de conteúdo e precisamos ter essa consciência e este compromisso!