Pela sexta vez em sua carreira, Messi foi escolhido o melhor do mundo pela Fifa. Conquista que o colocou no topo dos maiores ganhadores do troféu entre os homens, igualando o feito da brasileira Marta, que também foi a melhor em seis oportunidades.
Messi novamente toma a dianteira em sua disputa pessoal com Cristiano Ronaldo, o que acirra ainda mais aquilo que muitos consideram a disputa pelo posto do melhor jogador de futebol de todos os tempos.
Mas, não é exatamente o tópico Futebol que eu gostaria de abordar hoje. Quero somente aproveitar esse momento em que só se fala de Messi para refletir sobre um ponto importante e – quem sabe – decisivo para muitas de nossas conquistas pessoais e/ou profissionais.
Recentemente, na premiação de melhor jogador da Europa, em cerimônia realizada pela Uefa, Cristiano afirmou algo do tipo: “Eu puxo ele e ele me puxa”, fazendo alusão à disputa de alto nível entre ele e o argentino.
Em outras palavras, disse que um motivava no outro a vontade de ser cada vez melhor e se superar. E é este o ponto que mais me marcou naquela ocasião.
Trazendo para as nossas vidas, seja no âmbito pessoal ou profissional, o que podemos tirar desta colocação do Cristiano Ronaldo?
A jornada de sucesso dos nossos rivais é o único combustível para a nossa vida?
Estamos condicionados às conquistas dos outros para buscar as nossas?
Vivemos antenados em cada passo dos nossos concorrentes para fazermos o mesmo ou, de preferência, melhor do que eles?
A evolução daqueles que estão próximos a nós, seja por afinidade ou por força do nosso trabalho nos leva a considerar essa ou aquela pessoa como um inimigo a ser vencido?
As conquistas dos outros são uma importante inspiração para o nosso crescimento, mas não é o maior motivo de existirmos?
Bem, acho que tanto eu quanto você conhecemos todos esses contextos, não é verdade?
Já experimentamos um pouco de cada coisa (ou muito!) ou, quem sabe, vimos a descrição fidedigna da nossa vida nos questionamentos acima.
E esse sempre foi um assunto que me fez pensar! Já vi e também vivi situações que exemplificam cada um dos pontos que mencionei e, pra ser sincero, acho uma perda de tempo condicionar nossas ações à vida ou às vitórias dos outros.
A concorrência é SIM um importante combustível para sermos melhores, desde que esta não nos engesse e nos torne verdadeiras sombras de vitórias alheias. A neurose de “ser SEMPRE o melhor de todos a todo custo” nos faz perder grandes aprendizados e experiências de vida.
O primeiro passo para ser um vencedor é ser o melhor que puder todos os dias, mesmo que isto não nos coloque na dianteira de uma ou outra disputa. O alto do pódio é apenas consequência possível.
O segundo passo é aprender com quem está acima de nós, extrair os melhores exemplos que estas pessoas puderem nos dar, para que isto seja uma INSPIRAÇÃO, um exemplo de caminhada que gere em nós identificação.
E o terceiro é TRABALHAR DURO por aquilo que acreditamos. Dormir menos e se dedicar mais!
Cristiano Ronaldo é um grande atleta e um craque! Treina mais do que os outros, trabalha duro, chega antes e continua treinando quando todos vão pra casa.
Messi tem um dom natural e quase incomparável de jogar futebol, mas não fica em casa comendo e vendo televisão. Treina forte todos os dias, sua a camisa e leva muito a sério o trabalho que realiza.
Se realmente um puxa o outro, se a disputa entre os dois é o grande motivo de ainda estarem jogando em alto nível, nós não sabemos.
Se o único objetivo dos dois é estar sempre em primeiro lugar, também não podemos afirmar nem que sim ou que não.
Mas, com certeza, temos em suas jornadas uma ótima fonte de inspiração para vencermos na vida.
Ano que vem tem mais prêmio da FIFA, e nós temos a certeza de que Cristiano vai comer grama pra ganhar e empatar com Messi em 2020.
Alguém duvida de que ele acordará e dormirá pensando nisso?
Essa é uma de nossas poucas certezas!
A outra é que o nosso “Prêmio da FIFA” acontece diariamente, seja na vida ou na profissão. E, para sermos melhores, tem que haver motivação, bons exemplos, inspiração e uma dose extra de dedicação verdadeira e saudável.
Ninguém nasceu pra ser sombra. Todos merecem brilhar, mas sem ter como condição pra isso a necessidade de apagar a luz do outro.
Acredite: amanhã eu e você podemos sim ser um Messi.